Elisabete Fernandes Almeida é escritora e editora médica, com especialização em Projetos de Educação Médica Continuada.
É presidente da Latin-Med Editora Médica, editora médica da Conexão Médica, diretora do departamento de Educação Médica para Leigos da Associação Paulista de Medicina e atua em vários sites médicos.
Dúvidas e sugestões sobre esta coluna devem ser encaminhadas para o e-mail ceoelisabete@latinmed.com.br
No dia 29 de outubro, comemora-se o Dia Nacional da Osteoporose, uma doença que chega despercebida, se instala e atinge grande parte da população mundial. A osteoporose poderá, neste começo de milênio, acometer metade da população feminina na pós-menopausa.
Trata-se de uma doença silenciosa, atingindo grande parte das mulheres com mais de 65 anos. Consiste na desmineralização óssea (perda da massa e força ósseas), que torna os ossos frágeis e quebradiços, tornando-os mais predispostos a fraturas espontâneas, decorrentes de pequenos esforços. Qualquer osso do corpo pode ser acometido pela doença, mas quadris, punhos e coluna são mais freqüentemente afetados.
Os sintomas da doença podem incluir:
– perda gradual da altura
– arredondamento dos ombros
– postura encurvada (ou corcunda)
O pico da massa óssea é atingido entre e 25 e 35 anos. Após esse período, a densidade óssea decai em todos os seres humanos.
FATORES DE RISCO
Alguns fatores de risco aumentam a probabilidade de desenvolvimento da doença, entre eles:
A menopausa
Quando cessa naturalmente a produção de estrógeno, especialmente a menopausa precoce, antes dos 45 anos.
Retirada dos ovários antes da menopausa
Causa a redução repentina de estrógeno no organismo.
Fumo e álcool
Fatores hereditários
O risco aumenta se houver história de osteoporose ou fraturas ósseas na família.
Baixo consumo de cálcio ao longo da vida
COMO PREVENIR O PROBLEMA
As conseqüências mais sérias da doença, como dores na coluna e fraturas ósseas, só são observadas na Terceira Idade, quando a doença já está instalada. Porém, chegar a esta idade com uma quantidade adequada de cálcio nos ossos retarda o surgimento da doença, além de tornar o tratamento da mesma mais eficaz.
A seguir, algumas dicas para evitar a progressão da doença e colaborar com o tratamento da mesma:
– pratique exercícios físicos regularmente, pois a atividade física evita que a osteoporose progrida e melhora a qualidade de vida; é muito importante que a mulher faça musculação, pelo menos, três vezes por semana
– mantenha sempre uma dieta alimentar rica em cálcio; as principais fontes alimentares da substância são o pão integral, o leite e seus derivados e as verduras de folha escura (brócolis, couve e espinafre)
– exponha-se à luz solar sempre que possível, pois a vitamina D é produzida na pele quando o corpo está exposto ao Sol; ela é necessária para a deposição de cálcio nos ossos
– a terapia de reposição hormonal durante e a após a menopausa ajuda a prevenir a desmineralização óssea; quanto mais cedo for iniciada a terapia, mais massa óssea será retida
– controle médico do nível de estrógeno produzido pelos ovários das mulheres
– controle médico do nível de testosterona nos homens
– controle médico da taxa do hormônio de crescimento, fabricado pela hipófise e do hormônio fabricado pela tireóide
Com os avanços da medicina e o desenvolvimento de tratamentos preventivos, além de procedimentos simples do dia-a-dia, é possível minimizar a osteoporose e chegar à Terceira Idade com mais saúde.